BEM-VINDO A ANSP

 

O Projeto ANSP (an Academic Network at São Paulo), como definido na decisão do Conselho Superior da FAPESP (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo) quando de sua criação, "provê à comunidade de pesquisa do Estado de São Paulo conectividade de redes de computadores no estado da arte".

 

A ANSP desenvolve e mantém infraestrutura e serviços de Internet e comunicação de dados em geral que, em conjunto com o Programa Reserva Técnica ANSP, da FAPESP, oferecem à comunidade de pesquisa e educação do Estado de São Paulo, os meios tecnológicos necessários ao acesso à informação em todo o mundo, ao compartilhamento de conhecimento, ao desenvolvimento de projetos colaborativos e à inovação em larga escala.

 

O projeto ANSP é executado pelo NARA (Núcleo de Aplicações em Redes Avançadas) da Faculdade de Medicina da USP e financiado pela FAPESP, através do Processo no. 2013/11711-5.

 

Arquitetura

O PTTA da ANSP é constituído por uma switch-router (chave roteadora) virtual configurada dentro da matriz de peering (switch-router real, destinada à troca de tráfego) do NAP do Brasil. Essa matriz é o principal PTT (Ponto de Troca de Tráfego) privado do país, ao qual estão conectadas as principais redes brasileiras, inclusive as das maiores operadoras nacionais e internacionais de telecomunicações. Como adiantado na sessão sobre a topologia da rede, o PTTA trabalha com o protocolo BGP e, não fosse ele um subprotocolo do TCP/IP, poderíamos classificar a ANSP como uma rede BGP em vez de uma rede IP. O PTTA é o centro lógico da ANSP e nele acontece tudo o que é determinante na rede.

O uso de switch-routers virtuais é previsto no protocolo BGP e, embora pouco utilizado no mundo, é um recurso de fácil implementação e resultados surpreendentes. A ANSP passou a utilizá-lo em 2005. Sua construção é feita totalmente por manipulação das propriedades do protocolo BGP, não sendo necessário qualquer recurso extra (tanto de software como hardware) da matriz de peering utilizada. Começa-se por definir todas as redes participantes como redes autônomas (AS – Autonomous System, no jargão do BGP) e a cada uma delas é atribuído um endereço (ASN – Autonomous System Number). O BGP prevê a utilização de ASN's públicos e privados. Redes mantidas por empresas de telecomunicações e provedores de Internet têm ASN's públicos próprios. Redes acadêmicas grandes, como RNP, ANSP, USP e Unesp, também. As redes das instituições conectadas à ANSP que não possuem ASN's públicos, recebem desta ASN's privados.

Para montar a switch-router virtual, define-se uma rota padrão para o exterior e cada participante anuncia o seu ASN apenas para os seus pares da ANSP, e para o restante da matriz de peering anuncia o ASN público da ANSP. Desse modo, o tráfego interno fica isolado do externo pelo ASN da ANSP. O resultado é que os participantes da ANSP trocam tráfego entre si sem interferência das redes externas à ANSP, como se estivessem ligados a um roteador e trocam tráfego com as redes externas como se estivessem ligados a um gateway. E o fazem de maneira independente!

O mesmo se aplica ao relacionamento da ANSP com a Internet comercial e com as redes acadêmicas brasileira e estrangeiras. Toda a troca de tráfego é feita por BGP. Portanto, talvez a melhor definição para a ANSP hoje fosse classificá-la não como rede, mas como um Ponto de Troca de Tráfego Distribuído!

PTTA - Ponto de Troca de Tráfego Acadêmico

Para realizar a troca de tráfego entre seus participantes e entre estes e outras redes, o projeto ANSP mantém uma infraestrutura que, do ponto de vista lógico, funciona, para os usuários e seus dados, da mesma forma como um aeroporto funciona para as companhias aéreas e seus aviões - como um hub:

ANUARIO ANSP 2012 Cap 3 Fig 3-1 Diagrama logico do PTTA

O PTTA está hospedado no NAP do Brasil, em Barueri, na Grande São Paulo. Sua localização foi convenientemente escolhida em função da qualidade do data center, um dos mais seguros e confiáveis do país, e do fato de estarem lá presentes todas as empresas de telecomunicações que operam dentro e nas adjacências da região metropolitana de São Paulo.

Todas as instituições participantes da rede ANSP conectam-se ao PTTA, sempre por iniciativa própria, diretamente ou através de outra instituição participante. As instituições federais no Estado de São Paulo utilizam, para isso, enlaces da RNP. As demais instituições solicitam recursos à FAPESP, através do programa "Reserva técnica para conectividade à Rede ANSP" (http://www.fapesp.br/2863), ou utilizam recursos próprios. A ANSP não atua na chamada "última milha".

Como se vê na figura, o PTTA é o centro nervoso da rede ANSP. Além dos usuários da ANSP, o PTTA se conecta à RNP, à RedCLARA (redes latino-americanas), à Internet2 e demais redes de educação e pesquisa no exterior e a outros parceiros. Embora não seja sua missão principal, o PTTA também se conecta à Internet comercial, no Brasil e no exterior.

Informações Adicionais